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Mostrando postagens de junho, 2023

#20 - Robson Jorge & Lincoln Olivetti - Robson Jorge & Lincoln Olivetti (1982) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  É inaceitável este álbum não estar no topo da lista. Perfeito em cada milímetro, como as obras-primas de Michael Jackson ou Chopin, o registro que Robson Jorge e Lincoln Olivetti lançaram em 1982 é um marco, no qual os artistas conseguiram dar o máximo em qualidade composicional, arranjos e produção, conforme o que poderia ser alcançado à época. É sobre isso que trata esse álbum: perfeição técnica e muita criatividade musical. Os arranjos são da dupla, que assina praticamente todas as composições, com regência de Olivetti e direção artística de Max Pierre. Os músicos participantes são alguns dos melhores que já passaram por este planeta; o resultado é fenomenal. Jorgea Corisco nos embala com seus timbres, ritmos e motivos musicais. O coro inicial de No bom sentido logo nos conduz a uma ambiência que acaricia nosso ser, e a um tema leve, porém poderoso, em seu minimalismo. A irresistível Aleluia é um perfeito diálogo musical entre o divino e o profano; o refrão cantado é imbatíve

#21 - Rita Lee & Tutti Frutti - Fruto Proibido (1975) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  Quem me conhece sabe muito bem como não sou afeito a quase nada do rock básico padrão: o rock’n’roll clássico, hard rock, glam rock, metal clássico, e por aí vai. Entretanto, ainda que esta não seja a minha praia, ouso afirmar que o melhor disco de hard, glam e blues rock é nacional: Fruto proibido (1975), de Rita Lee & Tutti Frutti. Rita Lee é acompanhada por uma banda radiosa que conta com Luis Sérgio Carlini, Lee Marcucci, Franklin Paolillo e Guilherme Bueno. Em cada segundo do registro, há muita pegada musical e criatividade de expressão. Em Dançar pra não dançar (composição de Rita Lee), a artista consegue conciliar elementos bem rasos do glam rock com outros extremamente relevantes, dando maior sentido e qualidade aos primeiros. Em Agora só falta você (de Luis Sérgio Carlini e Rita), cada detalhe do arranjo e das expressões individuais dos músicos são grandes achados; está é uma das grandes canções do rock. O blues modernizado de Cartão postal (Rita e Paulo Coelho) é

#22 - Egberto Gismonti - Água e Vinho (1972) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  Mais uma vez somos conduzidos ao universo enigmático de Egberto Gismonti: Água e vinho (1972) é seu mais bem-sucedido álbum de canções. Participam do registro a cantora Dulce Nunes, os bateristas Robertinho Silva e João Palma, o baixista Novelli, o violoncelista Peter Dauelsberg, o clarinetista e saxofonista Paulo Moura, o violonista Peri e o regente Mário Tavares, além do octeto da Associação Brasileira de Violoncelos. Os arranjos são de Gismonti, e a direção musical de Lindolfo Gaya. Iniciamos a escuta com as espantosas e exóticas Ano zero (de Gismonti e Geraldo Carneiro) e Federico (Gismonti e João Carlos Padua); a primeira, com arrepiante segunda voz de Dulce e tema comovente; a segunda, com uma pegada rockeira em alguns momentos. A regravação de Janela de ouro (a traição das esmeraldas) (Gismonti e Carneiro) pode não ser tão inventiva quanto a versão do álbum Sonho 70 , mas a descritiva Vila Rica 1720 , também da dupla, apresenta um arranjo vivo e quase palpável, através d

#23 - Lô Borges - A Via-Láctea (1979) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  Em 1972, Lô Borges nos apresentou uma grande quantidade de canções bastante originais, tanto em seu álbum de estreia quanto no lendário Clube da esquina . Após isso, o artista aguardou sete anos para lançar seu segundo trabalho, A Via-Láctea (1979), que contou com os músicos Paulinho Carvalho, Telo Borges, Fernando Oly, Hely, Robertinho Silva, Toninho Horta, Wagner Tiso, entre outros. A atrativa Sempre viva (de Lô e Márcio Borges), é um ótimo cartão de visitas, e nos conduz à espetacular Ela (também de Lô e Márcio), uma canção de amor surreal e espacial. Estes atributos são mantidos na suntuosa faixa título (de Lô e Ronaldo Bastos), com orquestração e regência de Toninho Horta. A nova releitura de Clube da esquina nº 2 (Lô, Milton Nascimento e Márcio) é extremamente relevante, e traz uma perspectiva de maior introspecção do tema, com emocionante participação de Solange Borges. A sóbria Olho nu (Lô e Márcio) traz, ao seu final, uma vinheta instrumental muito interessante. Equa