#23 - Lô Borges - A Via-Láctea (1979) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)
Em 1972, Lô Borges nos
apresentou uma grande quantidade de canções bastante originais, tanto em seu
álbum de estreia quanto no lendário Clube da esquina. Após isso, o
artista aguardou sete anos para lançar seu segundo trabalho, A Via-Láctea
(1979), que contou com os músicos Paulinho Carvalho, Telo Borges, Fernando Oly,
Hely, Robertinho Silva, Toninho Horta, Wagner Tiso, entre outros.
A atrativa Sempre viva
(de Lô e Márcio Borges), é um ótimo cartão de visitas, e nos conduz à
espetacular Ela (também de Lô e Márcio), uma canção de amor surreal e
espacial. Estes atributos são mantidos na suntuosa faixa título (de Lô e
Ronaldo Bastos), com orquestração e regência de Toninho Horta. A nova releitura
de Clube da esquina nº 2 (Lô, Milton Nascimento e Márcio) é extremamente
relevante, e traz uma perspectiva de maior introspecção do tema, com
emocionante participação de Solange Borges. A sóbria Olho nu (Lô e
Márcio) traz, ao seu final, uma vinheta instrumental muito interessante.
Equatorial, por sua vez, é uma faixa amena, a qual se
seguem os dois maiores destaques do registro: Vento de maio (Telo Borges
e Márcio), um dos momentos mais miraculosos do artista, e que conta mais uma
vez com a participação mágica de Solange Borges; e a bela Chuva na montanha
(Fernando Oly). É sempre impactante ouvirmos a regravação jazzística-forrozeira
de Tudo que você podia ser (de Lô e Márcio); mas é uma pena que a
penúltima faixa seja ruim, e que a última não corresponda às expectativas de
conclusão para um álbum como este.
Lô Borges, A Via-Láctea,
o Clube da Esquina em alto nível! Ouça, desfrute, reflita, repasse:
Clique aqui para ouvir o álbum completo no YouTube
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