As 296 Melhores Músicas Brasileiras - #241 a #250
#250 Os Meninos de Deus - Senhor
Fazei de Mim um Instrumento de Tua Paz (1974)
Senhor fazei de mim um
instrumento de Tua paz, d’Os Meninos de Deus, é uma das músicas religiosas
mais impactantes que já ouvi. A letra é a Oração de São Francisco, e o refrão é
de uma transcendentalidade única. Uma lembrança muito especial relacionada a
essa música foi quando a mostrei ao amigo Raul Zobole em uma viagem de carro;
choramos emocionados ao ouvi-la.
#249 Toninho Horta - Manoel, o Audaz (1980)
[texto de Roberto Oliveira]
O que era pra ser apenas
uma homenagem a um velho jipe, Manoel, o audaz tornou-se um dos maiores
standards da música popular brasileira e da cena jazzística mundial. Sem
perceber, Fernando Brant e Toninho Horta compuseram uma canção que sintetiza
toda a produção musical de uma geração que cantou a juventude, a liberdade, a
amizade, as aventuras, a poesia e o amor. Tanto a letra como a melodia provocam
em quem ouve a mesma emoção e a vontade de pegar a estrada. Afinal de contas,
"viajar é mais".
#248 Renato Teixeira & Pena Branca e Xavantinho - Cuitelinho (1992)
Renato Teixeira e a dupla
Pena Branca e Xavantinho lançaram um icônico álbum ao vivo em 1992. Cuitelinho
é um dos grandes momentos desse encontro, no qual Pena Branca e Xavantinho
demonstram porque foram verdadeiras autoridades da música caipira.
#247 Cólera - Deixe a Terra em Paz! (2004)
[texto de Yuri Santos]
A banda Cólera lançou em
2004 o disco Deixe a Terra em paz! Com um som punk e letras de
conscientização, esse disco trata o tema ecológico com clareza e alerta para a
destruição do planeta pelo próprio ser que o habita: o homem. Deixe a terra
em paz! é um verdadeiro hino de revolta e esclarecimento sobre os problemas
do planeta, que a cada dia ficam piores e mais difíceis de serem resolvidos.
#246 Vange Leonel - Noite Preta (1991)
Ainda que tendam a soar
genéricas, as sonoridades típicas dos anos 90 serão sempre nostálgicas para
mim. Integrante da trilha sonora da novela Vamp, Noite preta, de Vange
Leonel, representa muito bem esse tipo de sonoridade.
#245 Renato e Seus Blue Caps - Sim, Sou Feliz (1966)
Um embalo com Renato e Seus
Blue Caps é o melhor registro do grupo. Deste álbum, Sim,
sou feliz se destaca não só por ser uma composição incrível de Renato
Barros com ótimos arranjos vocais, mas também pela aparente dissonância entre a
trágica parte musical e a letra apaixonada.
#244 Guilherme Arantes - Nave Errante (1976)
Após um álbum brilhante à
frente do Moto Perpétuo, Guilherme Arantes sentiu que era a hora de seguir em
carreira solo. Seu álbum de estreia, igualmente brilhante e repleto de momentos
emocionantes, traz em seu repertório uma das melodias mais belas do pop
progressivo: Nave errante.
#243 Milton Nascimento - Paixão e Fé (1978)
Para além de ter algumas
das assinaturas musicais mais consistentes da música, Milton Nascimento foi
também responsável pela concepção/realização do Clube da Esquina, meu movimento
musical brasileiro favorito. Com música de Tavinho Moura - responsável por
algumas das músicas mais complexas/tortas do movimento - e letra de Fernando
Brant, Paixão e fé é um dos pontos altos do álbum Clube da Esquina 2.
#242 Vanessa Rangel - Palpite (1997)
Palpite é a canção brasileira
definitiva sobre a ausência da pessoa amada. Com uma breve carreira na música
(apenas dois álbuns entre 1997 e 2000), Vanessa Rangel conseguiu acertar em
cheio em nossos corações, para logo em seguida regressar à carreira jurídica.
#241 Caetano Veloso - Pelos Olhos (1975)
Caetano Veloso sempre
experimentou bastante nas composições, conceitos e arranjos, o que pode ser
observado no álbum Jóia. Pelos olhos surpreende por ter um
arranjo quase todo à base de flautas, e uma melodia com toques inusuais.
Texto revisado por Dulce Colombo
Crédito da Imagem: Texto em Canva
Publicado também no Caderno de Cultura da Pressenza International Press Agency
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