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Mostrando postagens de julho, 2023

#16 - Ronnie Von - Minha Máquina Voadora (1970) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  Na capa, a mais bela foto do mais belo rosto masculino da música. Na contracapa, uma ilustração arrepiante de Pepe. Minha máquina voadora (1970, intitulado A máquina voadora nos relançamentos), é o último álbum da trilogia psicodélica de Ronnie Von, e fecha esse ciclo com louvor. A expressão artística encontra-se perfeitamente canalizada em doze músicas gloriosas, as quais parecem carregar em si misticismos das diversas linhas espiritualistas que existem. A direção da produção é de Arnaldo Saccomani, e os arranjos, de Francisco de Moraes e Djalma Mellin; oito composições são assinadas por San Martin e Ronnie Von. A imponente quase-faixa-título, Máquina voadora (de Martin e Von), é um sinal de que o artista está aqui em seu auge: massa sonora volumosa, intensidade emocional e delírios de liberdade consubstanciados em uma canção breve e eterna. Baby de tal (de Arnaldo Saccomani) é outra pedra preciosa, em seu drama amoroso inconsolável. Verão nos chama , Viva o chopp escuro e Voc

#17 - Roberto Carlos - O Inimitável (1968) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  Após O inimitável (1968), Roberto Carlos só teria um álbum de originais com título específico em 2000 – e nesse meio tempo, foram quase trinta lançamentos. Neste memorável registro, Roberto conta com o acompanhamento de Renato e Seus Blue Caps, do RC-7 e de Lafayette. O artista demonstra, aqui, um passo importante em seu competente processo de migração artística, da Jovem Guarda para a música romântica. Eu não vou mais deixar você tão só (de Antônio Marcos) é uma declaração imponente e dramática, e mostra que Roberto, outrora navegando majoritariamente na superfície emocional da Jovem Guarda, agora se encontrava diante de si mesmo, expondo todas as suas mágoas e pequenas conquistas. A levada da Jovem Guarda também se fará presente de forma muito orgânica em todo o registro, mas em contextos muito mais épicos, como em Ninguém vai tirar você de mim (de Edson Ribeiro e Hélio Justo). Cabe ressaltar algumas novidades musicais no repertório: as levadas funkeadas de Se você pensa (de R

#18 - Gimu - A Season in Your Soul (2011) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  Em 2014, tive uma grande surpresa. Eu estava na loja Locomotiva Discos, em São Paulo, e ao comentar com o vendedor que eu era do Espírito Santo, este me indicou um artista de música experimental da minha cidade de origem (Vila Velha), e que eu não conhecia: Gimu. Comprei então a sua fita cassete disponível na loja, A season in your soul (2011), e ao ouvi-la não entendi nada, porém fiquei inebriado; eram novas possibilidades de escuta que se abriam para mim. Neste registro, esperança e desolação desfilam de mãos dadas. É a trilha sonora definitiva para um cenário pós-apocalíptico, mas pode também fucionar para meditação. A utilização apenas das frequências médias faz com que este álbum soe bem diferente de boa parte da produção do artista, além da distinta experiência temporal: todas as faixas são bem mais curtas, tal qual canções pop. 4 seconds before the end pode tanto ser interpretada como ecos advindos de The disintegration loops , de William Basinski, como algo que seria abo

#19 - Os Brasas - Os Brasas (1968) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

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  Em 1968, Os Brasas lançaram seu único álbum, um marco ainda altamente subestimado da música brasileira. A banda, formada por Luiz Vagner, Anyres Rodrigues, Franco Scornavacca e Edson Aymay, também lançou uma série de singles altamente relevantes. O registro inicia com A distância , uma excelente versão de Anyres, que também assina a igualmente excelente versão Que te faz sonhar linda garota ; há muita sutileza e encanto no ar. Após a impressionante Beija-me agora , de Márcio Greyck e Fernando Adour, temos a primeira das cinco surpresas autorais do repertório: a abatida e emocionada declaração de Um dia falaremos de amor , de Renato de Oliveira, Luiz Vagner e Tom Gomes, faixa irmã do cover instrumental Tema sem nome . As duas versões de Luiz Vagner, Quando o amor bater na porta e Ao partir encontrei meu amor , são muito bem sucedidas, especialmente a segunda, que também foi gravada pelo Renato e Seus Blue Caps no mesmo ano, em outra versão. Miseravelmente, Pancho Lopez é uma das mús