#16 - Ronnie Von - Minha Máquina Voadora (1970) - Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)
Na capa, a mais bela foto
do mais belo rosto masculino da música. Na contracapa, uma ilustração
arrepiante de Pepe. Minha máquina voadora (1970, intitulado A máquina
voadora nos relançamentos), é o último álbum da trilogia psicodélica de
Ronnie Von, e fecha esse ciclo com louvor. A expressão artística encontra-se
perfeitamente canalizada em doze músicas gloriosas, as quais parecem carregar
em si misticismos das diversas linhas espiritualistas que existem. A direção da
produção é de Arnaldo Saccomani, e os arranjos, de Francisco de Moraes e Djalma
Mellin; oito composições são assinadas por San Martin e Ronnie Von.
A imponente quase-faixa-título,
Máquina voadora (de Martin e Von), é um sinal de que o artista está aqui
em seu auge: massa sonora volumosa, intensidade emocional e delírios de
liberdade consubstanciados em uma canção breve e eterna. Baby de tal (de
Arnaldo Saccomani) é outra pedra preciosa, em seu drama amoroso inconsolável. Verão
nos chama, Viva o chopp escuro e Você de azul (IIº tema de
Alessandra) são definitivamente escorregadas inconvenientes, mas em
contexto altamente fecundo, no qual até o indigno efeito de vibrato de Seu
olhar no meu funciona.
Imagem e Águas de sempre (ambas de Martin e
Von) são recados dos anjos para a humanidade, sem quaisquer filtros. O
místico texto e música de Continentes e civilizações (Tom Gomes e Jean
Pierre) são fabulosos, e contrastam com as declarações de amor, cada
qual à sua maneira, de Enseada (Renato Teixeira) e Tema de Alessandra
(Martin e Von). Por fim, Cidade (Eustáquio Sena e Paulinho Tapajós) é
deslumbrante.
Ronnie Von, Minha
máquina voadora, música do céu para a Terra! Ouça,
desfrute, reflita, repasse:
Clique aqui para ouvir o álbum completo no YouTube
Comentários
Postar um comentário