#33 – Guilherme Lamounier – Guilherme Lamounier (1973) – Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

 


Neste álbum, Guilherme Lamounier consegue unir sobriedade e psicodelia em forma de canção. Com composições altamente bem estruturadas, arranjadas e interpretadas, Lamounier pinta um universo muito particular, em um perfeito equilíbrio entre viagens astrais e burocracias cotidianas. Todas as composições são de Lamounier e Tibério Gaspar, e os arranjos, de Luiz Claudio Ramos. Vale ressaltar a extraordinária pintura da capa, de Adelson Filadelfo do Prado.

Não é todo dia que ouvimos uma declaração tão impalpável quanto a de Mini Neila, ou divagações tão enigmáticas quanto as de GB em alto relevoPatrícia é uma das músicas mais poderosas de que temos notícia, e a qualidade do disco é mantida em Telhados do mundo, na funky Freedom, e na ingênua Capitão de papel.

Amanhã não sei nos conduz para uma esfera filosófica, e nos leva a pensar na importância do agora, enquanto a leveza de Será que pus um grilo na sua cabeça? demonstra que esta era efetivamente a mais adequada para ser lançada como lado A de um compacto. Ao final, nos angustiamos com a balada lenta Passam anos, passam Anas e nos frustramos com o regular hard rock Cabeça feita.

Guilherme Lamounier, Guilherme Lamounier (1973), um ápice da canção setentista brasileira! Ouça, desfrute, reflita, repasse:

Clique aqui para ouvir o álbum completo no YouTube



Texto revisado por Sabrina Souza
Crédito da Imagem: Guilherme Lamounier - Guilherme Lamounier (1973) – Fonte: Boa Viagem Discos
Publicado originalmente no Caderno de Cultura da Pressenza International Press Agency em 12/03/2023

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