#57 – Ronnie Von – A Misteriosa Luta do Reino De Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969) – Ranking dos (meus) 107 Melhores Discos da Música Brasileira (até 2020)

 


A misteriosa luta do reino de Parassempre contra o império de Nuncamais (1969), é o segundo álbum da denominada “trilogia psicodélica” de Ronnie Von. De acordo com o próprio Ronnie, ele conseguiu uma absoluta liberdade criativa em seu álbum homônimo de 1969; entretanto, foi requerido que o mesmo fosse, pouco a pouco, retornando à “normalidade”. Felizmente, menos esquisitices e excentricidades geraram materiais ainda melhores, o apogeu da carreira musical do artista.

Neste registro, Ronnie Von é coautor de três faixas e autor de três versões. As coisas começam mornas com a faixa De como meu herói Flash Gordon irá levar-me de volta a Alfa do Centauro, meu verdadeiro lar, de Ronnie Von e Arnaldo Saccomani, um título que promete muito e não cumpre, e a curiosa regravação de Dindi, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira. A seguir, uma das minhas faixas favoritas da vida: Pare de sonhar com estrelas distantes, de Tom Gomes e Luiz Vagner; um ápice da psicodelia.

A patente diversidade do álbum pode ser percebida nas ótimas versões Onde foi, My cherie amour, Atlândia e Comecei uma brincadeira, respectivamente de sucessos do Neon Philharmonic, Stevie Wonder, Donovan e Bee Gees. A leveza de Por quem chora Ana Maria, de Juca Chaves, e Mares de areia, outra parceria de Ronnie e Arnaldo, é contrabalanceada com o inferno astral de Regina e o mar, também da dupla. Por fim, as quase derradeiras Foi bom e Rose Ann poderiam ter sido trocadas por algo bem melhor.

Ronnie Von, A Misteriosa Luta do Reino De Parassempre Contra o Império de Nuncamais, variedades musicais sob uma perspicaz perspectiva psicodélica! Ouça, desfrute, reflita, repasse:

Clique aqui para ouvir o álbum completo no YouTube



Texto revisado por Sabrina Souza
Crédito da Imagem: Ronnie Von - A Misteriosa Luta do Reino De Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969) – Fonte: Amazon
Publicado originalmente no Caderno de Cultura da Pressenza International Press Agency em 31/07/2022

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