Tudo o que eu tenho a dizer (sobre Música) – Considerações finais

 


Por que ouvimos música? De onde vêm as nossas preferências musicais?

Como a rotina é pesada, ouço música trabalhando, lendo, fazendo as atividades da casa, comendo, escovando os dentes, fazendo exercícios, descansando; mas também paro, vez ou outra, quando possível, para simplesmente ouvir música. Pesquiso música para me descobrir no desconhecido. Através das minhas pesquisas musicais, tenho desbravado universos e mais universos que me completam, que já faziam parte de mim antes mesmo que eu os notasse.

Minhas preferências musicais vêm de berço, das influências da vida, de amigos, de ambientes; mas vêm, principalmente, de muita pesquisa e reflexão. Pesquisas bastante sistemáticas que têm, inclusive, me permitido elaborar listas de álbuns e músicas favoritos, que acredito que me representam fielmente.

É impossível ouvir tudo o que existe, não há tempo hábil. Para ilustrar a quantidade de música existente, produzida continuamente, basta pensar em listas como as de 200 melhores fitas cassetes do ano da Tabs Out; ou darmos conta que os 1001 discos para ouvir antes de morrer consistem apenas em um grãozinho de areia da música inglesa e estadunidense que melhor se estabeleceu entre os críticos musicais.

Ao longo da vida, vale elaborar trajetórias de escuta, a partir do que nos interessa e do que atiça nossa curiosidade; isso nos conduz por emaranhados infindáveis de registros fonográficos. O processo é revelador e instigante, embora possa ser chato e frustrante em alguns (vários) momentos.

Eu ouço música porque amo. Música me nutre. Ouvir música tem sido meu principal passatempo. A música é efetivamente uma grande companheira. A ênfase: busca do novo. Música me completa.

Enfim, a pesquisa musical através da escuta é libertadora, e altamente recomendada, em especial na atualidade, quando a busca é extremamente facilitada: é possível ouvir praticamente tudo o que existe de forma fácil, direta, gratuita e legal, a poucos cliques e alguns segundos de distância. Basta escolher nossas trajetórias e ir fundo!


Texto revisado por Sabrina Souza
Crédito da Imagem: "Tudo o que eu tenho a dizer" - Pintura de Sabrina Souza
Publicado originalmente no Caderno de Cultura da Pressenza International Press Agency em 18/04/2021

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